Bons companheiros

Depois de um tempo o alcool e o cigarro tornam-se seus melhores amigos e se apega tanto a eles que torna-se vício, mas é algo que compensa. Quando se está triste logo recorre-se ao alcool para lhe apoiar de um lado, e vendo situação sempre chega o cigarro, do outro lado, para lhe enxugar as lágrimas que escorrem pela face.

Depois do amparo deles percebe-se que a solidão já faz parte tanto tempo da sua vida que já não é mais um problema e sim um conforto. Ela se torna sua companheira mais fiel. Se não fosse algo intagível gostaria de conhecê-la pessoalmente. Acredito que não me causaria tantos problemas como os fantasmas do meu passado.

Realidade estragada

Não, não e não! Não quero mais engolir o que me jogam guela abaixo. Sempre me engasgando com a realidade estragada. Com seu prazo de validade vencido a muito tempo vem deteriorando minha alma e me intoxicando com velhas mentiras que sempre rejuvenescem. As correntes me puxam quando tento me afastar e as cicatrizes brotam como ervas daninhas num campo que já foi feliz.

Amiga solidão.

Abusos, rumos, usos e desusos. Vivo das chances perdidas que nunca serão esquecidas. As noites em claro me lembro do que tento apagar da memória que me maltrata feito masoquista. Cansei! Agora me entrego ao que me magoa. Algo que vai me matando aos poucos e me condenando a drinks sem companhia num apartamento no centro de uma cidade que não dorme. Oh, amiga, minha grande amiga solidão...

Pensamentos compulsivos

As lágrimas intercaladas disfarçam a tristeza constante. Já não vivo mais por conquistas. Tento apenas sobreviver diante da tristeza que já venceu. As metáforas inesistentes de uma vocabulário de uma palavra derivada de um pensamento sólido da mente de uma pessoa só e sem rumo que sempre pega carona nas incertezas constantes do vício alheio, mas que anestesia, momentâneamente, as dores